PIBID História - UEMG Divinópolis

  Eu nasci no celeiro da arte No berço mineiro Sou do campo, da serra Onde impera o minério de ferro Eu carrego comigo no sangue Um dom verdadeiro De cantar melodias de Minas No Brasil inteiro - Paula Fernandes, Seio de Minas Estereótipos marcantes fazem parte do cotidiano dos mineiros. Terra do pão de queijo, do doce de leite, do ‘’cafézin’’ da tarde, do povo desconfiado e mesmo assim acolhedor, são algumas das características que seguem definindo esse estado do sudeste. Apesar de Minas Gerais trazer uma riqueza imensurável de cultura e história, ainda assim há aqueles que sentem vergonha de ser mineiro e sonha um dia viver em cidades como São Paulo e Rio de Janeiro. Uma prova dessa mentalidade pode até ser vista no próprio futebol. Diversos nascidos em Minas desmerecem os times de seu estado natal, os chamando de pequenos ou do interior. Segundo uma pesquisa do GE, Minas Gerais é o estado que mais possui diversidade de torcidas: ‘’Enquanto 12,1 milhões de mineiros são torc...

  Com o intuito de apresentar aos alunos a potência dos negros, LGBT e mulheres decidimos fazer o uso da arte nessa atividade. A arte funciona, para o ser humano, como uma maneira de colocar para fora todas as suas questões como um sujeito único que existe em uma sociedade feita de regras comportamentais. Dessa forma, a arte vem como uma ferramenta para questionar essas regras, como o capitalismo essa reprodução foi tomada pelo mercado de venda e compra, mercado que pertence as classes consideradas socialmente dominantes. Entretanto, o que se observa nos últimos anos é uma retomada dos espaços da arte pelos indivíduos marginalizados até então. Dessa forma, coloca-se nas mesmas questões de opressão desses sujeitos para serem debatidos, enxergadas e repensadas por toda sociedade atual. Pensando nisso, apresentamos aos alunos pessoas que utilizam da arte para se fazer ouvir enquanto sujeito negro, LGBT e mulher. Após isso pedimos aos alunos para também se expressarem e terem voz se ba...

  Parte do PIBID é a aplicação de atividades que despertem no aluno não apenas o senso crítico, mas também a criatividade. Além disso também se busca desenvolver uma consciência social e questionadora referente às histórias que são ensinadas no ensino básico. É possível perceber que pouco ou nada é citado referente a história do movimento LGBT no Brasil e na região. Dessa forma após apresentar para os alunos sobre essa temática foi proposto que eles criassem uma bricolagem. Bricolagem é a transformação de coisas que temos em casa em algo novo que faça sentido. Pedimos aos alunos que usassem recortes de revistas velhas, ou imagens da internet, para se formar uma outra imagem que passa uma mensagem crítica com relação a temática estudada. Com isso abaixo apresentamos as atividades referentes ao primeiro bimestre, onde a temática foi trabalhada com a turma do 3º7. Texto e atividade por: Milena Rezende 

                 A História da Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos está intimamente ligada à história do Reinado e à história da população negra divinopolitana.                Construída na década de 1850 por e para escravizados, a igreja tinha como principal objetivo ser um local em que os cativos pudessem professar seus credos e crenças e celebrar a festa do Reinado. Fruto da intolerância religiosa e do racismo do século XIX, a igreja se tornou um símbolo da resistência dos escravizados divinopolitanos e de seus descendentes, bem como o principal ponto de encontro e festejo da festividade.                Sua construção está ligada à influência do então vigário da cidade, o padre Guaritá. Conforme aponta Corgozinho (2003), insatisfeito com o fato de os escravizados dançarem na Igreja Matriz do Divino Espírito Santo enquanto celebravam...

  “São João, São João, ascende a fogueira do meu coração”             Fogueira, bandeirinhas, quadrilha e canjica são algumas das várias imagens que nos vem em mente quando pensamos a Festa de São João, comumente realizada no Brasil todo. Mas, raramente nessas ideias que temos sobre a festa, pensamos no principal santo cultuado nela: São João Batista. Portanto, voltar às suas origens, e como ela chegou ao nosso país é fundamental para percebemos os aspectos religiosos da festa junina.             Em junho muitos povos antigos como egípcios e celtas realizavam celebrações para as boas colheitas e crescimento saudável das plantas, e as fogueiras serviam para espantar os espíritos que poderiam prejudicar as plantações. Com o crescimento do cristianismo, essas festas foram consideradas pagãs, mas ao não acabarem mesmo sendo consideradas proibidas, a Igreja Católica incorpor...

                                         A Semana Santa é tradicionalmente cristã e se caracteriza por ser a comemoração da semana anterior à Páscoa, que é uma data incorporada do judaísmo mas que é ressignificada no cristianismo. Ela é comemorada desde os primeiros séculos do cristianismo, e chegou ao Brasil por meio dos portugueses na colonização.             Minas Gerais é um Estado que se caracteriza por grandes festas religiosas desde o período colonial, e a cidade de Cláudio, situada no interior do Estado, não fica à margem dessas celebrações. Inclusive, a Semana Santa é uma comemoração muito importante no município, ela não só representa um período de oração e fé porque relembra os últimos momentos de Cristo, mas também se caracteriza por ser um espaço de interação e reencontros. Alguns idosos contam ...

  A celebração religiosa, cultural, histórica e tradicional denominada Festa de Santa Cruz remete a aspectos simbólicos cristãos – a Cruz –, mas também à comunhão e fraternidade das comunidades que a celebram. Nos diferentes lugares onde ocorre a Festa de Santa Cruz são realizadas novenas ou trezenas por populações que têm um modo de vida tradicional – antes do dia máximo da festa, sendo, portanto, uma festividade típica da religiosidade popular dessa região de Minas Gerais, permeada por muita fé e crença no poder milagroso da Cruz. Essa tradição persiste em muitas comunidades rurais, e as festas religiosas no Cruzeiro continuam a ser realizadas pela população, muitas vezes de forma autônoma em relação à Igreja Católica. A Festa de Santa Cruz é uma das principais celebrações religiosas de Igaratinga, centenária, ocorrendo não somente da sede, mas também nas zonas rurais do Município, como em Pedra Negra de Baixo. Segundo Maria das Graças e José Carlos (Mestres do Saber do Munic...