Aos 15 de novembro de
1889 a República era proclamada no Brasil. Uma das principais características
que marcaram essa passagem foi a dissociação entre Igreja e Estado, ou seja,
não havia uma religião oficial e aos clérigos não caberiam mais os assuntos
relacionados à esfera civil. Mas, me
smo o Estado sendo laico “no papel”, na
primeira metade do século XX as comemorações do Reinado foram proibidas em
diversas partes do Brasil, inclusive em algumas cidades mineiras. Por motivos
religiosos.
É preciso compreender que
nesse momento a Igreja católica passou por algumas transformações que ficaram
conhecidas como “romanização”. As manifestações religiosas populares passaram a
ser repreendidas em decorrência de um “padrão” que seria imposto diretamente de
Roma. Imagina só como o Reinado foi mal visto! Além de ser compreendido pelos
religiosos do período como uma comemoração a qual era impossível distinguir os
elementos católicos e profanos, possui raízes africanas em um contexto de
intolerância aos recém-libertos e sua cultura.
Assim, os religiosos
proibiram as manifestações de Reinado e essas proibições se estenderam também
às cidades do interior de Minas Gerais. A partir dessas informações, faremos
algumas postagens evidenciando quais os reflexos dessa ação dos clérigos com
foco nas cidades de Divinópolis, Belo Horizonte e Oliveira.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
LEONEL, Guilherme Guimarães. Estratégias
de resistência e perspectivas de controle, coerção e tolerância às festas do Reinado
em Divinópolis, MG. Revista Brasileira de
História das Religiões, vol., n. 2, p. 207-245, 2008. Disponível em: https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/RbhrAnpuh/article/view/26649/0.
Acesso em: 13 jan. 2022.
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