Os
nativos da tribo denominada Candidés habitavam regiões próximas das minas
exploradas pelos colonizadores, até que Antônio de Albuquerque Coelho de
Carvalho, governador das minas, obrigou que a tribo se afastasse do local de
mineração. Sendo pacíficos, os Candidés se deslocaram entre os caminhos que
ligava Barbacena a Pintangui, estabelecendo-se na Cachoeira Grande e dominando
a passagem do rio Itapecerica por volta de 1730, como informa o excelente
trabalho produzido pelo Portal EmRedes destinado a contar a História de
Divinópolis.
Primeiramente,
foi construída uma pequena capela destinada a devoção a São Vicente de Paula.
Sua fundação definitiva aconteceu em 13 de janeiro de 1767 pelas famílias
moradoras próximas aos rios Itapecerica e Pará. Seu líder foi João Pimenta
Ferreira que nomeou o pequeno aglomerado de pessoas de Paragem do Itapecerica.
Em 1770, transformou-se em Arraial do Espírito Santo da Itapecerica após o
sertanista Manoel Fernandes Teixeira fazer uma doação de terras à Igreja para a
povoação. Assim, pode-se notar o importante valor tanto da religião, quanto do
rio para as pessoas que lá habitavam.
Em
1882, após a mudança do nome da Vila de São Bento do Tamanduá para Itapecerica,
o arraial do Espírito Santo da Itapecerica ficou sendo identificado apenas como
Espírito Santo.
Um
grande avanço para o Arraial do Espírito Santo foi a chegada da Estrada de
Ferro Oeste de Minas / EFOM (também chamada de Estação de Henrique Galvão),
responsável por um grande impulso e surto modernizador, fator que contribuiu
para a sua futura emancipação. A ferrovia foi tão importante para o arraial,
que em 1911, o presidente estadual Júlio Bueno Brandão, transformou o Arraial
do Espírito Santo em Vila Henrique Galvão. Um ano depois, o presidente
municipal Antônio Olympio de Moraes fez outra alteração, denominando a região
em Vila Divinópolis. Finalmente, em 1915, a vila é elevada à condição de
cidade.
Desse
modo, nota-se as consequências que a chegada da Estrada de Ferro trás para
cidade, mas como o doutor em lazer e grande estudioso de Divinópolis, Daniel
Venâncio de Oliveira Amaral comenta, não se pode esquecer que as condições para
que esse processo ocorre se deu por causa dos campos. O dinheiro para financiar
tais projetos urbanizadores veio do setor rural, visto que 70% dos moradores de
Divinópolis moravam em povoados rurais. Seu desenvolvimento no século XX deve
ser analisado de acordo com o alto índice de exportação de produtos agrícolas que
Divinópolis fazia para o exterior, visto que o começo da Primeira Guerra
Mundial provocou uma necessidade de exportação de insumos alimentícios para as
nações europeias. Segundo Daniel, as receitas de Divinópolis cresceram nesse
período em 115%, o que rendeu um bom dinheiro para financiar as ações
modernizadoras.
Divinópolis
atualmente possui uma área territorial de 708.115 km² com 240.408 pessoas,
segundo o censo de 2020, possuindo assim, uma densidade demográfica de 300,82
hab/km².
Texto
por: Rafaela Teixeira Nunes
Revisão e postagem por: Débora Sara de Andrade Mota
REFERÊNCIAS:
AMARAL,
D. V. O. História de Divinópolis e sua ligação com o futebol. Entrevista
concedida a Flávia Lemos de Mota Azevedo, Piero Alípio G. Morais e Rafaela
Teixeira Nunes. Divinópolis, 19 de mar. de 2021.
AZEVEDO,
F. L. M., MOURA, K. W. S., MARTINS, M. I. A., MOURA, M. H. S.; História de
Divinópolis. Portal EmRede, 2019. Disponível em.:
file:///D:/PIBID/TURISMO/cartilhaeducacaopatrimonial_05013102.pdf. Acesso em.:
11 de jul. de 2021.
BOAS,
M. V. História. Câmara Municipal – Divinópolis/MG, 2017. Disponível em.: https://www.divinopolis.mg.leg.br/sobre-divinopolis/historia.
Acesso em.: 30 de jul. de 2021.
IBGE. Censo Demográfico
2010, Área territorial brasileira. Rio de Janeiro: IBGE, 2011. Disponível em.: https://cidades.ibge.gov.br/brasil/mg/divinopolis/panorama.
Acesso em.: 30 de jul. de 2021.
Imagem disponível em: https://www.divinopolis.mg.gov.br/arquivos/cartilhaeducacaopatrimonial_05013102.pdf
Comentários
Postar um comentário