Pular para o conteúdo principal

Ensino de História

 

Inicialmente, contextualizaremos o subprojeto de História do PIBID, com o tema – Identidade Cultural e História Local – que terá como um de seus objetivos o levantamento de dados acerca das tradições culturais, históricas, manifestações artísticas da escola e do município, atendendo os princípios do ensino de história, envolvendo os alunos na pesquisa de fontes, na investigação sobre tradições locais e a sua relação com o presente, com a identidade cultural do município de Divinópolis/MG e região.

Além disso, norteamos trazer considerações sobre a concepção da prática do Ensino de História na educação básica, evidenciando a necessidade de superar o ensino de história enquanto “simples repasse de informações”, sendo o conhecimento histórico uma construção de vários sujeitos. Buscar através de atividades, pesquisas, projetos, eventos, uma melhor compreensão da História Local, das identidades culturais, possibilitando-lhes a capacidade de se compreenderem enquanto sujeitos e protagonistas da sua história.

Desse modo, é importante incorporar à memória individual e coletiva, para conhecer e compreender a dinâmica da História Local e das Identidades Culturais da região. Das religiosidades populares, como o Reinado, festa de Santa Cruz; das tradições no esporte como o Futebol e a importância na história da comunidade; do carnaval; do rodeio; dos movimentos negros e LGBTQ+.

Portanto, os fundamentos teóricos-metodológicos irão evidenciar as considerações relevantes quanto à Memória e à Identidade, enfatizando que a memória é um atributo pessoal que indica como que o homem se relaciona com o passado. Das memórias produzidas coletivamente, da dimensão que permite encontrar a subjetividade do indivíduo que falará do presente sobre o passado. Além de estimular que sujeito recupere o passado local para o entendimento das diferenças entre o presente e o passado, possibilitando mudanças ou continuidades, entendendo a Identidade Cultural e História Local como uma construção que engloba vários sujeitos, vinculando as questões da vida real, do cotidiano e ampliando a compreensão de sujeito histórico.  “Conhecer é um evento social, ainda que com dimensões individuais”. 

 

Referências:

BITTENCOURT, Circe Maria Fernandes. Ensino de História: fundamentos e métodos. Procedimentos metodológicos no ensino de História. 5. Ed. São Paulo: Cortez, 2018. P. 189-197.

BITTENCOURT, Circe Maria Fernandes. Ensino de História: fundamentos e métodos. Procedimento metodológicos em práticas interdisciplinares. 5. Ed. São Paulo: Cortez, 2018. P. 212-237.

MAYER, Leandro. Projeto História Local Porto Novo. Um relato de experiência pedagógica sobre ensino de história local em escola pública de Santa Catarina., Porto Alegre: Revista do Lhiste, num.2, vol.2, jan/jun, 2015. P. 150-159.




Texto produzido por: Débora Andrade  

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

A ALDEIA PATAXÓ MUÃ MIMATXI

  O povo Pataxó (Pataxoop), é um dos povos indígenas mais famosos do Brasil, principalmente pelo fato de serem conhecidos como um dos primeiros grupos a terem contato com os portugueses que aqui chegaram no começo do século XVI. Historicamente, todo o povo Pataxó se concentrava no extremo sul da Bahia, mas após o episódio conhecido como “Fogo de 51”, onde houve um massacre na aldeia matriz Pataxó de Barra Velha, localizada perto de Porto Seguro-BA, houve uma diáspora do povo Pataxó, onde parte migrou para outras regiões da Bahia e também para Minas Gerais. Foi através deste contexto onde surgiu a aldeia indígena “Muâ Mimatxi”, localizada em Itapecerica-MG. Esta tribo surgiu a partir da difusão de uma aldeia indígena Pataxó localizada em Carmésia-MG, onde após essa difusão, parte desta tribo foi assentada em um território próximo a Lamounier (distrito de Itapecerica) no ano de 2006, este espaço foi concedido por mediação da FUNAI (Fundação Nacional do Índio). Atualmente, vivem c...

História da Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos

                 A História da Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos está intimamente ligada à história do Reinado e à história da população negra divinopolitana.                Construída na década de 1850 por e para escravizados, a igreja tinha como principal objetivo ser um local em que os cativos pudessem professar seus credos e crenças e celebrar a festa do Reinado. Fruto da intolerância religiosa e do racismo do século XIX, a igreja se tornou um símbolo da resistência dos escravizados divinopolitanos e de seus descendentes, bem como o principal ponto de encontro e festejo da festividade.                Sua construção está ligada à influência do então vigário da cidade, o padre Guaritá. Conforme aponta Corgozinho (2003), insatisfeito com o fato de os escravizados dançarem na Igreja Matriz do Divino Espírito Santo enquanto celebravam...

O MUSEU GTO

    Geraldo Teles de Oliveira foi um importante escultor que viveu em Divinópolis e se tornou um dos grandes artistas do Brasil ao realizar belíssimas e complexas obras esculpidas na madeira. No blog, já fizemos uma matéria sobre essa ilustre figura e hoje viemos mostrar o Museu GTO com mais detalhes! O Museu GTO foi fundado em 1981 exatamente na casa onde viveu o artista e sua família até a sua morte, em 1990. O acervo conta com várias de suas obras e pertences pessoais utilizados por Geraldo. É uma grande fonte histórica, que resgata e traz de volta a vida o famoso escultor que vivia em Divinópolis, contribuindo para que seu legado se perpetue através dos tempos! Imagem de MeuDestino. Também existe o Instituto GTO, que visa profissionalizar e aprimorar a manutenção e as exposições do museu. Em 2009, ocorreu uma reforma no local, com a revitalização das cores e iluminação do lugar. A pluralidade das obras, seus traços e detalhes chama a atenção de vários admirador...